Milton Andrade, presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, agrônomo de formação, produtor de cacau e administrador de mais de uma dezena de fazendas, diz estar assustado com o estrago da seca na região cacaueira:

— É algo que eu nunca vi. Sei, porque meu pai contava que em 1951 houve uma seca pesada. Em 1987 outra grande, que significou a perda de 50% da produção. Mas igual à de 2016 não há registros. Ano passado a safra baiana bateu as 167 mil toneladas, apesar da seca já ter começado. Este ano a safra, se muito, chegará a 80 mil, menos da metade. Traduzindo em números, com a tonelada a US$ 3.150, dá um tombo de R$ 1 bilhão, algo devastador para a economia baiana em geral e a da região cacaueira no particular. O prejuízo é o equivalente a toda a dívida histórica do cacau. O pessoal do Pará diz que o estado pela primeira assumiu a liderança da produção nacional, com 107 toneladas. Não foi o Pará quem subiu. Foi a Bahia que caiu.

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